1º Poema, de 46 dedicados à minha namorada Maria Lisete Iria da Silva.

 

Com o coração em dor

Dirigido “Pour la tete”                                

Vou versar o meu amor,

À minha querida LISETE.

                       

De dia, tinha sofrido,

Pela noite, veio a dor

E jamais fora esquecido

O amor p’lo meu “AMOR”.

Estavas-me no pensamento

A cada minuto; é certo!

Mas que valia o lamento,

Se não te tinha lá perto.

Tudo fizeram, para agradar,

Os amigos que sentiam,

Nos meus olhos, triste olhar,

A falta “DA” que não viam.

Em tudo via o teu rosto,

Lindo como a luz do sol,

Com o sinal por Deus lá posto,

A brilhar como um farol.

Há anos p’ra mim brilhou,

Com tão grande intensidade;

Força essa, me levou,

Dizer-te toda a verdade.

É enorme a tentação

De ver, quem não se viu,

Pois a dor de coração,

A tal fim me impeliu.

                        

A doçura, nos teus braços

Eram doces verdadeiros;

Os teus beijos eram melaços,

Parecendo sempre os primeiros.

Os primeiros são infinitos,

Sempre foi o meu querer,

Superando todos os atritos,

Nem que tenha de sofrer.

Da morte ressuscitei.

P’lo teu poder amoroso;

E jamais esquecerei

Aquele teu sim corajoso.

Nas dores do dia a dia

Jamais posso esquecer

O meu tesouro “IRIA”,

Enquanto na terra viver.

Está quase a amanhecer;

E o sono não me vem,

Pois não consigo esquecer

Aquela que me quer bem.

Não precisas de versar,

Uma coisa “TE” vou pedir,

Dar-me força p’ra te amar

E o teu amor sentir.

 

Vitorino Moreira Fernandes (26 de Julho de 1986)